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Quatro estudantes da UFMS devem começar 2024 vivenciando a experiência do intercâmbio na Universidade de Washington, em Seattle e Tacoma, nos Estados Unidos. Ao longo de 30 dias, entre janeiro e fevereiro, as graduandas devem participar de atividades como palestras, visitas técnicas e aulas, além de desenvolvimento de pesquisa científica. O intercâmbio é fruto de um acordo entre as duas universidades.

A seleção para o intercâmbio foi promovida pela Agência de Internacionalização e de Inovação, em parceria com a Pró-reitoria de Graduação e a Faculdade de Direito (Fadir). Foram selecionadas estudantes da Fadir, do Câmpus de Três Lagoas e da Faculdade de Faculdade de Engenharias, Arquitetura e Urbanismo e Geografia. O intercâmbio também inclui a vinda de estudantes estadunidenses para a UFMS, promovendo a troca de vivências culturais e o desenvolvimento da pesquisa científica de ambos os países.

As atividades durante o intercâmbio seguem um plano de trabalho previamente preparado e em andamento no Brasil, que inclui o desenvolvimento de um estudo sobre a temática de interseccionalidade em gênero, raça, etnia e classe e Direitos Humanos. “O estudante enriquece seu conhecimento em português e inglês e, além disso, pesquisa temáticas relevantes na área de seu interesse no curso. A partir de pesquisa sobre essa temática no Brasil e Estados Unidos, realiza uma comparação entre os dois países”, explica o  professor da Fadir e gestor do acordo, José Paulo Gutierrez.

Segundo o professor, ao longo do mês em que permanecem nos Estados Unidos, as estudantes devem realizar atividades dentro e fora da Universidade de Washington. “Dentro da Universidade, participam de aulas, palestras, encontros com alunos e professores americanos e pesquisas na biblioteca. Fora da Universidade, participam de visitas técnicas e teleguiadas, visitam museus e feiras de ciência e reforçam o conhecimento sobre seus planos de trabalho, além de passeios nas cidades de Seattle e Tacoma”, explica.

Em agosto de 2023, a UFMS recebeu 16 estudantes da Universidade de Washington, que permaneceram por oito dias em Campo Grande. “Eles tiveram diversas atividades nos cursos de Direito, Comunicação Social e Educação Física. Nas demais atividades de visitas nas comunidades indígenas de Marçal de Souza Tupã I e Água Bonita, comunidade quilombola de Furnas de Dionísio, visitas ao Bioparque, ao Museu das Culturas Dom Bosco, ao Parque das Nações Indígenas e demais atividades culturais a participação do curso de Comunicação Social. Em todas as atividades os alunos e professores do curso de Direito estiveram presentes”, relembra o professor.

A experiência de um intercâmbio

Expectativas altas, concretização de um sonho, oportunidades profissionais e novas experiências são algumas das expressões utilizadas pelas quatros estudantes selecionadas para definir o intercâmbio cultural que terão pela frente. A estudante de Engenharia Civil Alane Sato deve realizar a viagem como monitora, desenvolvendo uma pesquisa sobre moradias mais baratas para a população. “Me senti lisonjeada pois serei a primeira de outro curso e primeira do curso de Engenharia Civil a participar [deste edital]. As expectativas estão altas, vou poder aprender como funciona a formação de engenheiros em outro país. Quero poder aprender muito e que essa viagem contribua para minha vida acadêmica”, ressalta.

Já a estudante de Direito Beatriz Antoniali decidiu aproveitar o intercâmbio para se aprofundar na área de Direitos Humanos e violência clínica e hospitalar contra mulheres. “Foi uma sensação nova saber que tenho a possibilidade de me aprofundar no curso de Direito, porém de uma maneira diferente, com culturas distintas e com a análise de uma jurisdição diferente. Acredito que participando desse projeto de pesquisa terei a oportunidade expandir o meu conhecimento da área”, enfatiza.

Com projeto que deve analisar a legislação sobre tráfico de crianças e adolescentes em ambos os países, a estudante do curso de Direito Júlia Dória está animada para a experiência. “Acredito que será uma experiência fenomenal e muito enriquecedora tanto para o currículo, quanto para minha pessoa. Nesse sentido, espero poder viver de tudo um pouco, ter a oportunidade de presenciar as aulas, de aprender um pouco do Direito lá fora. Também espero ter a  chance de viver de perto a rotina das famílias que irão nos hospedar e assim poder compreender um pouco da cultura deles e os hábitos”.

Estudante de Direito do Câmpus de Três Lagoas, Beatriz Polachine conta que sempre teve o sonho de fazer um intercâmbio. “Eu escolhi a UFMS porque vi os programas de intercâmbio da Universidade. Acredito que hoje o inglês é algo essencial e ter um intercâmbio no currículo é um grande diferencial. Além disso, acredito que a pesquisa que produzirei lá me garantirá bons frutos, podendo desenvolvê-la ainda mais em um mestrado ou doutorado”, relata a estudante, que deve desenvolver uma pesquisa sobre políticas públicas de delimitação das terras indígenas.

Texto: Alíria Aristides – publicado originalmente em https://www.ufms.br/estudantes-da-ufms-participam-de-intercambio-cultural-na-universidade-de-washington-em-2024/